sábado, 30 de maio de 2015

És rouxinol acorrentado a minha mente 
Gélida por todas as eras, gélida a minha temível espera 
Tu sabes bem a quem venho dizer, fecha-te os ouvidos ao grito de meu lirismo 
Inclina-se sob meu peito e roube para si um pouco de minhas chamas…
Nossos olhares foram obras pré-requisitadas 
Vosso valsar fora paixão nada ensaiada, amada diz quem está de fora 
Coxas de Chicago e lentes nova yorkinas lhe destilavam o tom 
Já meu dom fora disfarçar o amar por querer em um sotaque latino…
Eu sinto tanto que os ossos saem do lugar 
Eu sinto muito, por ser-me esta persona a lhe amar 
Beija-te o vale da penumbra e encontra-te sufocada 
Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, dar meia volta e finalmente nos afugentar…
O aceno de até mais ver, ancora-me como o nascimento de um diferenciado adeus 
Daqueles que não lhes abrem mão, afinal mais vale uma fiel paixão resguardada em mãos do que o libertário rancor a vós assassinar a cada novo exaltar 
Bem-vindos caros aventurados, esta és a nova encruzilhada: Se os finos lábios não de despediram, quem está partido e aonde será a nova chegada?
O meio termo do contrato ruiu e a indiferença surgiu 
Deposite em meu dorso vossas esperanças e corra ao primeiro sinal de deslizamento 
Compactue vossas desconfianças em minha língua ácida e vejas o papel que me definira ruir-se à medida paliativa… 
Diga a todos os exaltados informantes que para descobrirem-me devem apropriar-se de todas as estrelinhas costuradas
Voa-te canário, vais brindar o teu bater de asas 
Fardei-me de jardim a espera de ti 
Não te preocupa muito, a pele recentemente gasta fora suturada 
Se quiseres ouvir-me em outra confissão, esperes a próxima verdade prensada em arte, artimanha descarada e descabida de um maldito poeta…
O teu anel jamais me decorou 
E meu céu tu não estás pronta à prová-lo 
Carvão bruto e indelicado ao teu transbordar 
Sorriso casamenteiro de diamante-fortificante estás no meio do aclamado tiroteio
Os dedos foram decapitados para qualquer entrelaçar futuro 
Como criança arteira, pulo de cadeiras e antes do jantar devoro a sobremesa 
Como personagem de vida passageira pulo entre as sobras de viadutos
Desenvolvo traumatismo craniano, mas por ser-me romântico, contrario opiniões públicas e me salvo entregando-me a mais uma nova relação rasa, ao parafuso espanado não há furo…
— Poema Aos Desamores Rancorosos Que Com Esmero Cultivei (Ao Parafuso Espanado Não Há Furo) - Pierrot Ruivo

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sábado, 30 de maio de 2015

És rouxinol acorrentado a minha mente 
Gélida por todas as eras, gélida a minha temível espera 
Tu sabes bem a quem venho dizer, fecha-te os ouvidos ao grito de meu lirismo 
Inclina-se sob meu peito e roube para si um pouco de minhas chamas…
Nossos olhares foram obras pré-requisitadas 
Vosso valsar fora paixão nada ensaiada, amada diz quem está de fora 
Coxas de Chicago e lentes nova yorkinas lhe destilavam o tom 
Já meu dom fora disfarçar o amar por querer em um sotaque latino…
Eu sinto tanto que os ossos saem do lugar 
Eu sinto muito, por ser-me esta persona a lhe amar 
Beija-te o vale da penumbra e encontra-te sufocada 
Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, dar meia volta e finalmente nos afugentar…
O aceno de até mais ver, ancora-me como o nascimento de um diferenciado adeus 
Daqueles que não lhes abrem mão, afinal mais vale uma fiel paixão resguardada em mãos do que o libertário rancor a vós assassinar a cada novo exaltar 
Bem-vindos caros aventurados, esta és a nova encruzilhada: Se os finos lábios não de despediram, quem está partido e aonde será a nova chegada?
O meio termo do contrato ruiu e a indiferença surgiu 
Deposite em meu dorso vossas esperanças e corra ao primeiro sinal de deslizamento 
Compactue vossas desconfianças em minha língua ácida e vejas o papel que me definira ruir-se à medida paliativa… 
Diga a todos os exaltados informantes que para descobrirem-me devem apropriar-se de todas as estrelinhas costuradas
Voa-te canário, vais brindar o teu bater de asas 
Fardei-me de jardim a espera de ti 
Não te preocupa muito, a pele recentemente gasta fora suturada 
Se quiseres ouvir-me em outra confissão, esperes a próxima verdade prensada em arte, artimanha descarada e descabida de um maldito poeta…
O teu anel jamais me decorou 
E meu céu tu não estás pronta à prová-lo 
Carvão bruto e indelicado ao teu transbordar 
Sorriso casamenteiro de diamante-fortificante estás no meio do aclamado tiroteio
Os dedos foram decapitados para qualquer entrelaçar futuro 
Como criança arteira, pulo de cadeiras e antes do jantar devoro a sobremesa 
Como personagem de vida passageira pulo entre as sobras de viadutos
Desenvolvo traumatismo craniano, mas por ser-me romântico, contrario opiniões públicas e me salvo entregando-me a mais uma nova relação rasa, ao parafuso espanado não há furo…
— Poema Aos Desamores Rancorosos Que Com Esmero Cultivei (Ao Parafuso Espanado Não Há Furo) - Pierrot Ruivo

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